quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Energia Nuclear



Por: Kleyton Ritomar Monteiro da Silva

Qualquer ação ou atividade realizada por parte do ser humano ou da natureza pode ser considerada energia. Existem vários tipos de energia como, por exemplo, a energia luminosa e térmica, que são as mais fáceis de serem sentidas. Dentre elas se destaca a energia elétrica que pode ser obtida de várias formas. Uma delas é através das usinas nucleares, que é uma das mais limpas fonte de energia e que tem capacidade de gerar grande quantidade de energia com pouco material usado.

A energia nuclear é obtida através da reação de fissão nuclear em cadeia. A fissão nuclear é a divisão de um núcleo pesado em dois menores, que acontece através do impacto de um nêutron no núcleo de um átomo. De uma forma mais simples, seria como jogar algum objeto frágil em vários outros agrupado. Assim com absorção de um nêutron que causa a fissão, tornar-se possível que esse nêutron atinja outro núcleo sucessivamente, liberando calor, isso é o que chamamos de reação em cadeia. O material usado para realização desse processo é o uranio-235 um elemento químico que possui 92 prótons e 143 nêutrons, que pode se fissionado por nêutrons de qualquer energia cinética.


Descoberto a grande fonte de energia no núcleo dos átomos e como aproveita-la, resta saber como controlar o processo de reação de fissão nuclear em cadeia, uma vez que iniciado, não parariam até ter consumido todo material físsil. A única forma de controlar a fissão seria eliminar o agente causador da fissão, o nêutron. Não havendo nêutron disponível não haveria fissão. Isso é possível através do boro na forma metal que têm a propriedade de absorver nêutrons, porque seus núcleos podem conter ainda um número de nêutrons superior ao existente em seu estado natural. Dessa forma surgiu a ideia de introduzir barras de controles dentro do vaso de pressão, para interromper a reação em cadeia. Por exemplo, quando essas barras descem totalmente a atividade do reator para, porque a reação em cadeia é interrompida. 

Dessa forma, através da reação de fissão nuclear em cadeia, que libera calor dentro do reator nuclear, obtém-se energia elétrica em grande quantidade. Tal processo embora altamente radioativo ao meio ambiente possui um sistema de segurança avançado, o qual reduz seus ricos de acidentes nucleares.  


 Referencia

ABEN; “Energia Nuclear”; Disponível em; aben.com.br; Acesso: 20 de Fevereiro 2013
CARDOSO, Eliezer de Moura, et alii. “Comissão Nacional de Energia Nuclear” Energia Nuclear. Disponível em: cnen.gov.br.

ROMAEU, Mario Tolentino, et alii. Química Nova na Escola. O Átomo e a Tecnologia. Nº 3, Maio de 1996, p.4-7.


sábado, 23 de fevereiro de 2013

PERFUMES




PERFUMES
"UMA QUÍMICA INESQUECÍVEL"



Os perfumes têm sido parte da vida civilizada há vários séculos, tanto para os homens como para as mulheres. Todos nós temos preferências por determinados aromas, os quais podem nos mudar o humor ou suscitar emoções. Provavelmente o mais primitivo dos nossos sentidos, o olfato tem a capacidade de nos recordar experiências passadas. As mensagens olfativas são enviadas para áreas do cérebro associadas à emoção, à criatividade e à memória.

Mas, afinal de contas, o que é um perfume? O que ele contém?

 Os primeiros perfumes surgiram, provavelmente associados a atos religiosos, há mais ou menos 800 mil anos, quando o homem descobriu o fogo. Os deuses eram homenageados com a oferenda de fumaça proveniente da queima de madeira e de folhas secas. Essa prática foi posteriormente incorporada pelos sacerdotes dos mais diversos cultos, que utilizavam folhas, madeira e materiais de origem animal como incenso, na crença de que a fumaça com cheiro adocicado levaria suas preces para os deuses. Daí o termo ‘perfume’ originar-se das palavras latinas  per (que significa origem de) e fumare (fumaça). O passo seguinte na evolução do emprego dos aromas foi sua apropriação pelas pessoas, para o uso particular, algo que provavelmente aconteceu entre os egípcios. Um avanço posterior foi a descoberta de que certas flores e outros materiais vegetais e animais, quando imersos em gordura ou óleo, deixavam nestes uma parte de seu princípio odorífero. Assim eram fabricados os ungüentos e os perfumes mencionados na Bíblia.




       Um perfume é, por definição, um material — porção de matéria com mais de uma substância. A análise química dos perfumes mostra que eles são uma complexa mistura de compostos orgânicos denominada  fragrância (odores básicos). Inicialmente, as fragrâncias eram classificadas de acordo com sua origem. Por exemplo: a  fragrância floral consistia no óleo obtido de flores tais como a rosa, jasmim, lilás etc. A fragrância verde era constituída de óleos extraídos de árvores e arbustos, como o eucalipto, o pinho, o citrus, a alfazema, a cânfora etc. A fragrância animal consistia em óleos obtidos a partir do veado almiscareiro (almíscar), do gato de algália (algália), do castor (castóreo) etc. A fragrância amadeirada continha extra tos de raízes, de cascas de árvores e de troncos, como por exemplo, do cedro e do sândalo.


     A fragrância de um perfume é um complexo sistema de substâncias originalmente extraídas de algumas plantas tropicais ou de alguns animais selvagens. Recentemente,o perigo de extinção de certas espécies vegetais e animais e a busca de novas essências, inclusive de menor custo, conduziu a química dos perfumes  aos laboratórios, onde são criados os produtos sintéticos que têm substituído paulatinamente os aromas naturais.Um outro aspecto curioso é que as fragrâncias que encontramos em detergentes, amaciantes e produtos de limpeza são, com freqüência, as mesmas usadas na fabricação de perfumes.

     Finalmente, cabe salientar que para algumas pessoas os perfumes não trazem sensações agradáveis: são aquelas que têm algum tipo de alergia aos ingredientes usados na formulação. Essências tais como a de anís, bergamota, canela, citronela, cravo, gerânio, hortelã, safrol, sassafrás etc. podem originar dermatites (inflamação da pele), manchas cutâneas e febre dos fenos.


Algumas curiosidades sobre perfumes:

Onde aplicar: Atrás das orelhas, no pescoço e no pulso. Nesses pontos, a irrigação sanguínea é maior e a temperatura é levemente mais alta, o que faz a fragrância evaporar mais intensamente. Assim, o perfume é mais notado no ar.


Diferença entre fragrâncias: A nomenclatura dos perfumes se refere às concentrações das fragrâncias. O Eau de Parfum tem entre 18% e 20% de concentração de essência, enquanto o Eau de Toilette, também chamado de Desodorante Colônia, é uma forma mais diluída, com cerca de 5% a 15% de essência. Já as Splashes Colônias têm uma concentração de 3% a 5%, sendo adequadas para usar a qualquer hora do dia, renovando a sensação de banho recém tomado. As Águas de Colônias são as mais fraquinhas: com até 2% de essência, podendo ser com álcool ou sem, são ideais para produtos infantis.
Composição: Uma fragrância é resultado da mistura de matérias-primas naturais e sintéticas - e hoje a perfumaria tem à disposição mais de duas mil delas. É por isso que cada novo perfume lançado no mercado tem uma assinatura tão singular: é resultado de uma das muitíssimas combinações que podem ser feitas. Geralmente, para compor uma fragrância, essas matérias-primas são harmonizadas pelo tempo de evaporação característico de cada uma.

Cor: A cor natural de um perfume vai do incolor ao amarelo intenso. Aqueles coloridos levam corantes na fórmula para ficarem mais bonitos. Essa etapa é a última no processo de fabricação do perfume, depois que o fragrância já passou por um período de repouso e por um filtro. Concluídas todas essas fases, uma amostra é enviada para a análise, e só então o produto é envasado e vai para as prateleiras.


Por: Victor Alves Spinelli

Referências:

QUÍMICA E SOCIEDADE, Perfumes:  Uma Química Inesquecível. Química Nova Escola, N° 4, NOVEMBRO 1996. Disponível:  http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc04/quimsoc.pdf. Acesso : 23 de fev. 2013
Chapecó.  Disponível em http://wp.clicrbs.com.br/chapeco/2012/10/03/descubra-dez-curiosidades-sobre-perfumes/ Acesso em: 02/03/2013

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

RADIOATIVIDADE : DO INÍCIO AOS DIAS ATUAIS

Por : Camila Rose B. de Lima

  Tudo começou quando o cientista francês Henry Becquerel (1852-1908) observava um filme fotográfico e percebeu manchas de urânio neste material e chegou à conclusão que este elemento é radioativo. 
   Ele começou analisando o poder de penetração de raios fluorescentes, fez experimentos envolvendo tubos de raios catódicos, mas a sua descoberta da radioatividade aconteceu da seguinte maneira:
  Ele envolveu chapas fotográficas com papel preto e as guardou em gavetas, dias depois percebeu que as mesmas, apesar de estarem envoltas pelo papel e bem escondidas, continham manchas. Este teste permitiu a Becquerel concluir que o que manchava as chapas fotográficas não eram raios solares, até porque o material estava bem protegido contra a luz incidente, mas sim a própria radiação do Urânio, essas observações o levaram a concluir que este elemento se tratava de um material radioativo.
   Para comprovar se realmente era o Urânio que emitia tais radiações, Becquerel realizou mais testes envolvendo outros sais em contato com a chapa fotográfica, mas sempre que o sal de Urânio estava envolvido é que ocorria os efeitos radioativos. É válido lembrar que os raios de Urânio são invisíveis, penetrantes e altamente perigosos.
 Henri Becquerel (1852-1908)

  No ano de 1903, Henri Becquerel, junto ao casal Marie e Pierre Curie, receberam o Prêmio Nobel de Física, por suas pesquisas em radioatividade. Radioatividade ganhou esse nome, devido à descoberta do Rádio e do Polônio, pelo casal Curie. Infelizmente, Marie Curie, uma cientista que nos proporcionou tão grande avanço na ciência e enfrentou muitas vezes o preconceito sofrido pela mulher na ciência naquela época, morreu por conta de suas descobertas. Marie ficou tuberculosa e quase cega, devido à grande exposição à radiação.
Marie e Pierre Curie

  O fato é que, com as descobertas científicas na área da radioatividade, muitos cientistas descobriram através de experimentos, várias características dos elementos radioativos. Como poderiam ser usados, onde podem ser usados, quais os ricos, etc.
  Após todas as pesquisas, verificou-se que a radiação é um fenômeno onde alguns átomos instáveis ou radioativos, decompõem-se espontaneamente. Essa decomposição decorre da relação entre o número de nêutrons e prótons presentes no núcleo do átomo e forma átomos menores ou partículas subatômicas, liberando uma grande quantidade de energia.
 Outro cientista que também contribuiu com informações importantíssimas, foi Ernest Rutherford, que através de um experimento com uma lâmina de ouro, pôde comprovar a existência de um núcleo massivo no átomo, e pôde classificar três tipos de partículas: Partícula Alfa, Partícula Beta e Raios Gama.

  A partícula alfa tem carga elétrica positiva e não consegue atravessar por uma folha de papel, já que são pesadas e tem carga elétrica maior que as outras partículas ( beta e raios gama ). Quando um átomo emite uma partícula alfa, o número de massa diminui +2 e o número atômico diminui duas unidades.
  A partícula beta é o elétron emitido por substâncias radioativas com grande velocidade. Chegando a atravessar 1 mm de alumínio e tendo carga menor que a partícula alfa. Quando é emitida pelo átomo, seu número atômico aumenta uma unidade.
  Os raios Gama são muito mais penetrantes que as partículas alfa e beta. Eles viajam à velocidade da luz e são as ondas eletromagnéticas com menor comprimento de onda  que conhecemos. Quando o átomo emite o raio gama, não acontece variação no número de massa nem no número atômico, porque dele não sai nenhuma partícula.
  A radiação é empregada de diversas formas. Há algum tempo, ela era bastante utilizada para fins bélicos, o que causou e ainda causa remorso devido ao seu grande poder de destruição. Temos como exemplo, o desastre ocorrido na Segunda Guerra Mundial, quando bombas atômicas foram lançadas no Japão, deixando centenas de  mortos e várias cidades devastadas até hoje.
Um dia após a explosão, os escombros em Hiroshima
eram cobertos por uma tênue cortina de fumaça
 Em pequenas doses, a radiação não oferece riscos à saúde humana pois o nosso corpo tem tempo para substituir as células que possam ter sido destruídas. Já as doses muito fortes são fatais. O câncer é um dos maiores problemas associados à exposição de radiação, porque a radioatividade pode alterar o funcionamento das células fazendo com que elas cresçam desordenadamente, formando tumores. Além do câncer, outros problemas podem aparecer após a exposição, como a leucemia, queda de cabelo, mutações genéticas,  fetos mau formados, lesões na pele, nos olhos, nas glândulas e no aparelho reprodutivo.

   Mas hoje em dia, falar sobre radiação não é apenas motivo de medo. A radioatividade nos proporciona coisas essenciais, como a geração de energia através das usinas nucleares, no tratamento de doenças através da radioterapia, quimioterapia, exames  de raios X, etc.
  Além disso, a radioatividade está presente em nossa alimentação, agindo como conservante por meio de uma técnica chamada Irradiação de Alimentos, onde esses alimentos são expostos à uma quantidade de radiação que faz com que os germes e bactérias presentes, sejam eliminados, proporcionando um tempo maior de conservação. É importante ressaltar, que o nível de radiação emitido à esse alimento, não causa danos a saúde humana. 
  Para concluir, sabemos que a radiação ainda causa espanto na sociedade por conta de desastres e acidentes nucleares. Mas ao mesmo tempo que ela pode ser fatal, ela também é essencial nos dias atuais. Cabe a ciência, governo e sociedade saber usá-la sempre para o bem estar das pessoas e do nosso meio ambiente. 

Fontes:

A Radioatividade e a História do Tempo Presente. Disponível em : < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc19/a08.pdf > Acesso em 14 Fevereiro de 2013

As mulheres e o Prêmio Nobel de Química. Disponível em : < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc14/v14a06.pdf > Acesso em 14 Fevereiro de 2013

Radiações: Riscos e Benefícios. Disponível em: < http://web.ccead.puc-rio.br/condigital/mvsl/Sala%20de%20Leitura/conteudos/SL_radiacoes_riscos_e_beneficios.pdf> Acesso em 13 de Fevereiro de 2013

YOSHIMURA, Elisabeth. Física das radiações. 1. ed. São Paulo,  Oficina de Textos, 2010.






quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

RECICLAGEM POR PALOMA SANTANA





RECICLAGEM



Os polímeros são macromoléculas caracterizadas por seu tamanho, sua estrutura química e interações intra e intermoleculares. Possuem unidades químicas que são unidas por ligações covalentes, que se repetem ao longo da cadeia. Eles podem ser naturais, como a seda,a celulose, as fibras de algodão ou sintéticos, como o polipropileno (PP), o politereftalato de etileno) (PET), o polietileno (PE),o policloreto de vinila) (PVC), etc.A reciclagem é um processo em que determinados tipos de materiais, reconhecidos como lixo, são reutilizados como matéria-prima para a fabricação de novos produtos. Além de se apresentarem com propriedades físicas diferentes, estes também possuem uma nova composição química. Este processo é importante, nos dias de hoje, porque transforma aquilo que iria ou já se encontra no lixo em novos produtos, reduzindo resíduos que seriam lançados na natureza, ao mesmo tempo em que poupa matérias-primas, muitas vezes oriundas de recursos não renováveis.Dessa forma, é importante separar esses materiais, para que não sejam encaminhados juntamente com o lixo que não é reciclável, não tendo outro destino a não ser ocupar espaço nos aterros sanitários. Para facilitar a separação em usinas de reciclagem, muitos materiais plásticos trazem uma marcação de identificação.



A reciclagem dos plásticos é viável do ponto de vista econômico e da preservação do meio ambiente. Os plásticos mais utilizados no mundo são o PVC, o polietileno e o PET.
Há vários tipos de reciclagem os mais comuns são :   Reciclagem primária : reaproveitamento de peças defeituosas, aparas, rebarbas das linhas de produção da própria fábrica; Reciclagem secundária ou mecânica: transformação dos resíduos plásticos descartados, em grânulos que podem ser reutilizados na produção de outros materiais, como: pisos, sacos de lixo, solados, mangueiras, componentes de carros, fibras etc. A reciclagem mecânica pode ser viabilizada através do reprocessamento por extrusão, injeção, termoformagem, moldagem por compressão, etc. Para este fim são necessários alguns procedimentos que incluem as seguintes etapas: 1) separação do resíduo polimérico, 2) moagem, 3) lavagem, 4) secagem, 5) reprocessamento e, finalmente, a transformação do polímero em produto acabado. A reciclagem mecânica é a mais utilizada no Brasil devido a vários fatores como custo de mão-de-obra, baixo investimento para instalação de uma planta de reciclagem, grande volume de polímero pós-consumo, entre outros;Reciclagem terciária ou química : reprocessamento de plásticos descartados, convertendo-os em monômeros e misturas de hidrocarbonetos, que poderão ser reutilizados como produtos químicos em refinarias ou centrais petroquímicas.O objetivo da reciclagem química é a recuperação dos componentes químicos individuais para serem reutilizados como produtos químicos ou para a produção de novos plásticos. Essa reciclagem permite tratar mistura de plásticos, reduzindo custos de pré-tratamento, custos de coleta e seleção. Além disso, permite produzir plásticos novos com a mesma qualidade de um polímero original.Existem vários processos de reciclagem química, entre eles:

HIDROGENAÇÃO:

as cadeias são quebradas mediante o tratamento com hidrogênio e calor, gerando  produtos capazes de serem processados em refinarias. 
GASEIFICAÇÃO:

os plásticos são aquecidos com ar ou oxigênio, gerando-se gás de síntese contendo  monóxido de carbono e hidrogênio.
QUIMÓLISE:

consiste na quebra parcial ou total dos plásticos em monômeros na presença de  
 glicol/metanol e água.
PIRÓLISE:

é a quebra das moléculas pela ação do calor na ausência de oxigênio. Este processo  gera frações de hidrocarbonetos capazes de serem processados em refinarias;

Reciclagem quaternária ou energética: recuperação de energia através do tratamento térmico aplicado aos resí duos plásticos. Distingue-se da simples incineração, pois utiliza os resíduos plásticos como combustível na geração de energia elétrica. O conteúdo de energia dos polímeros é alto e muito maior que de outros materiais. O valor calórico de 1 kg de resíduo polimérico é comparável ao de 1 L de óleo combustível e maior que o do carvão.Portanto a reciclagem consiste na recuperação e transformação de qualquer desperdício.A sua importância econômica traduz-se na possibilidade de aquisição de materiais por preços mais favoráveis que o dos mesmos materiais antes da sua primeira utilização.O princípio da reciclagem é utilizada em todas as aplicações que impliquem conservação dos recursos naturais  da Terra e na resolução de problemas de poluição ambiental.
                                          



REFERENCIAS
  •  A importância das propriedades físicas dos polímeros na reciclagem, vol. 26,QNesc 18, 2003. Disponível em : http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc18/A09.PDF Acesso : 04 fev. 2013
  • A Tecnologia da reciclagem dos polímeros.Revista Química Nova,Vol 28,No. 1,65-72,2005 Disponível em: quimicanova.sbp.org.br/gn/gnol/vol28n1/13-RV03270.pdf Acesso em 04 fev. 2013
  • ARAGUAIA,Mariana.Artigo reciclagem Disponível em :www.brasilescola.com/biologia/reciclagem.htm Acesso 04 fev. 2013
  • Os três R´s do consumo, disponível em :http://www.wsembalagens.com.br/responsabilidade-socioambiental/ Acesso em 19 fev. 2013



Por: Paloma Santana Dos Santos Almeida



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

AGROTÓXICOS

POR: ALEX TENÓRIO DE MENESES

                   O USO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL

               A agricultura brasileira cada vez mais tem feito uso de insumos químicos, principalmente de agrotóxicos, e isso acarreta numa serie de problemas ecológicos. Segundo (FERRARI, 1985) "ate os anos 50 as atividades da agricultura estavam direcionadas para geração de produtos (café e algodão, principalmente) para o autoconsumo da população residente no meio rural e alguns poucos núcleos urbanos", mas com o aumento da população urbana houve a necessidade de aumentar a produção agrícola para abastecer os centros urbanos, utilizando agrotóxicos para combater as pragas mesmo sem saber quais as consequências que poderiam ser geradas por estes produto.
              De acordo com (FERRARI, 1985) "contaminação de alimentos, poluição de rios, erosão de solos e desertificação, intoxicação e morte de agricultores e extinção de espécies animais, são algumas das mais graves consequências da agricultura química industrial e do uso indiscriminado de agrotóxicos largamente estimulados nos últimos 25 anos” .
              Devido à contaminação ambiental e aos resíduos de agrotóxicos nos alimentos, podemos também estimar que as populações residentes próximas a áreas de cultivo e os moradores urbanos também estão significativamente expostos aos efeitos nocivos destes agentes químicos (CARVALHO et al, 2005). 
               Segundo (FERRARI, 1985) "os agrotóxicos atuam de duas maneiras no comprometimento da saúde da população: através das intoxicações dos agricultores durante a aplicação desses produtos ou através do consumo de alimentos contaminados com resíduos de veneno. Além disso, os organoclorados (aldrin, clorobenzilato e heptacloro) são cancerígenos em animais de laboratório", ou seja, podem causar câncer.  
            Segundo (CARVALHO,  et al 2005), a magnitude do impacto resultante do uso de agrotóxico sobre o homem do campo, no Brasil pode ser depreendida a partir dos dados do ministério da saúde. De acordo com estes dados, em 2003 houve aproximadamente 8000 casos de intoxicações por agrotóxicos, dos quais 30% foram observadas em áreas rurais. Estes dados, entretanto, não refletem a real dimensão do problema, uma vez que os mesmos advêm de centros de controle de intoxicações, situados em centros urbanos, inexistentes em varias regiões produtoras importantes ou de difícil acesso para muitas populações rurais.
               A fauna e a flora também são afetadas com o uso de insumos químicos, de acordo com (FERRARI, 1985), as terras carregadas pelas águas das chuvas levam para os rios, lagoas e barragens, os resíduos de agrotóxicos, comprometendo a fauna e a flora aquática, além de comprometer as águas captadas com a finalidade de abastecimento. Podem também provocar o aumento das pragas ao invés de combatê-las, pois na medida em que se usam insumos químicos as pragas tornam-se mais resistentes, necessitando de agrotóxico cada vez mais forte, desse modo, agredindo ainda mais o ambiente dizimando até os próprios predadores naturais das pragas. 
             A utilização de agentes químicos na agricultura sem dúvida acarreta numa serie de impactos ambientais e põe em risco a vida humana, podemos ressaltar alguns dos possíveis problemas que o ecossistema e a saúde humana pode enfrentar diante do uso destes produtos, dentre eles podemos citar, a intoxicação humana através da ingestão de alimentos que contém resíduos de agrotóxicos ou através da exposição a estes produtos e os danos causados ao ambiente gerando o comprometimento do ecossistema. (FERRARI, 1985).
 
REFERÊNCIAS:

FERRARI, Antenor. Agrotóxico: A praga a dominação. 1ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1985. 105 p.

MIRANDA, Ary Carvalho de; MOREIRA, Josino Costa; PERES, Frederico; CARVALHO, René de. Neoliberalismo, uso de agrotóxico e a crise da soberania alimentar no Brasil, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php.
Acessado em: 03.03.13.


 



 
 
 
 
 
 
 





TNT E SUAS FUNCIONALIDADES



O TNT (Trinitrotolueno) é um sólido cristalino incolor ou ligeiramente amarelado que se estende até o marrom, tem a composição química C6H2CH3(NO2)3 e é atualmente utilizado como explosivos, sendo assim um armamento utilizado durante a guerra. Seu uso iniciou-se antes da I Grande Guerra Mundial e se intensificou com o inicio da II Grande Guerra. O TNT ganhou um lugar mais privilegiado na utilização de explosivos, pois como ele é mais estável pode ser melhor utilizado sem risco, ao contrario da nitroglicerina.
A produção do TNT é feita a partir da nitração total do tolueno (C6H5CH3), ou seja, quando o tolueno reage com o ácido nítrico (HNO3). Esta nitração total significa que serão feitas nitrações até que todas as substituições possíveis sejam feitas. No caso do tolueno é possível no máximo três substituições.
Os efeitos causados devido exposição ao TNT são infecções, envenenamento, náuseas, queimaduras, fadiga, falta de ar, etc. Já os efeitos do mesmo na natureza são os incêndios, emissão de gases tóxicos, devastação da área da atingida, dentre outras.
Apesar  de ser do TNT ser utilizado muitas vezes para a guerra, seu uso pacifico também é muito extenso. No ramo de construção, o mesmo é utilizado para a demolição de edificações ou qualquer construção de grande porte. No Brasil, o uso do pacifico do TNT é popularmente lembrado pela demolição da Penitenciária do Carandiru, em São Paulo, e da Arena Fonte Nova, na Bahia.
Entretanto, o Trinitrotolueno é uma substancia para explosões em massa, sendo assim, seu uso e manuseio são de extrema importância para que não ocorram acidentes. Cuidados como uso de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) e treinamento são vitais para segurança daquelas que estão se expondo a substância.     

Por: Leone Almeida




Referências:
- RODRIGUES, M.B.; SILVA, F.T.; PAIVA, T.C.B, Caracterização física, química e ecotoxicológica de efluente da indústria de fabricação de explosivos. Disponível em: <ttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000700023&lng=e&nrm=iso&tlng=e>. Acesso em: 16 fev 2013
- IMBEL, Ficha De Informações De Segurança De Produtos Quimicos (FISPQ) Disponível em:  <http://www.imbel.gov.br/dmdocuments/FIS%2003%20-%20Trinitrotolueno%20-%20TNT.pdf> . Acesso em: 16 fev 2013

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013






FORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO PETRÓLEO

     Por: Jonathan Correia Costa Pimentel
  
    FORMAÇÃO
      
              Ao longo de milhares de anos, restos de animais e vegetais mortos depositaram-se no fundo de lagos e mares e, lentamente, foram cobertos por sedimentos (pó de calcário, areia etc). Mais tarde, esses sedimentos se transformaram em rochas sedimentares (calcário e arenito). As altas pressão e temperatura exercidas sobre essa matéria orgânica causaram reações químicas complexas, formando o petróleo. A idade de uma jazida pode variar de 10 a 400 milhões de anos. Dessa forma, o petróleo está localizado apenas nas bacias sedimentares. Junto desse recurso mineral, encontram-se associados a água e o gás natural (metano e etano).
            Essa associação é devida, sobretudo, à tendência natural de acúmulo da água salgada gerada pelas formações geológicas para as partes inferiores de reservatórios de petróleo. Com métodos adequados e racionais de produção, é possível obtê-lo com teor mínimo de água salgada. Todavia, à medida que o campo vai sendo explorado, há a tendência de aumentar a proporção de água no óleo extraído.


     UTILIZAÇÃO
                  
           ANTIGUIDADE  
      
    

              A utilização do petróleo vem de épocas bem remotas. O petróleo era conhecido por diversos nomes, entre eles: betume, azeite, asfalto, lama, múmia, óleo de rocha. No Egito, esse óleo teve grande importância na iluminação noturna, na impermeabilização das moradias, na construção das pirâmides e até mesmo no embalsamamento de múmias. O petróleo era conhecido desde essa época, quando aflorava naturalmente na superfície. Alexandre, O Grande ficou maravilhado com o fogo que emanava de forma inextinguível do petróleo na região de Kirkuk (atual região do Iraque), onde atualmente há uma crescente produção petrolífera. Milênios antes de Cristo, o petróleo era transportado, vendido e procurado como útil e precioso produto comercial. No entanto, foi apenas no século XIX, nos EUA, que o petróleo teve seu marco na indústria moderna. Isso graças à iniciativa do americano Edwin L. Drake, que, após varias tentativas de perfuração, encontrou petróleo.



         ATUALMENTE
                
          
           Deve-se enfatizar que o petróleo é uma mistura de hidrocarbonetos que apresentam diferentes massas moleculares e, consequentemente, diferentes pontos de ebulição. Os principais derivados costumam ser apresentados como frações diversificadas. Nas refinarias, o óleo bruto passa por uma série de processos até a obtenção dos produtos derivados, como gasolina, diesel, lubrificantes, nafta, querosene de aviação.
           
       O petróleo bruto (aquele que sai do poço) deve passar por uma separação de seus componentes. Essa separação pode ser bastante geral e fornecer as frações do petróleo, que são misturas de substâncias neles presentes e que têm pontos de ebulição relativamente próximos. O processamento do petróleo visando à obtenção de suas frações é realizado em refinarias de petróleo.


          
                      

           O processo utilizado para separar as frações do petróleo é a destilação. Essa separação envolve a vaporização de um líquido por aquecimento, seguida da condensação de seu vapor. Existem diferentes tipos de destilação: simples, fracionada etc. No caso do petróleo, é empregada a destilação fracionada, que é executada com a utilização de uma coluna de fracionamento. Nas refinarias, essas colunas são substituídas por enormes torres, chamadas de torres de fracionamento.






   REFERÊNCIAS

        MORIGAKI, Milton; et al. Salinidade em petróleo bruto: otimização de metodologia e proposta de um novo método para extração de sais em petróleo. Quimica Nova, Vol. 33, No. 3, 607-612, 2010.

           SANTA MARIA, L. C. de et al. Petróleo: um tema para o ensino de química. Química Nova na Escola. São Paulo: SBQ, n. 15, 2002

            PETROBRÁS. Disponível na Internet: http://www.petrobrás.gov.br. Acessado em: 18-02-2013. 

            PERUZZO, Francisco. Química: na abordagem do cotidiano, volume único. 3ed. São Paulo: Moderna, 2007. Pg. 568, 569.