segunda-feira, 18 de março de 2013

                                                             RUTHERFORD
         
           Por: Jonathan Correia Costa Pimentel

  
          Ernest Rutherford nasceu em Nelson, Nova Zelândia, o quarto filho e segundo homem de uma família de sete filhos e cinco filhas. Seu pai, James Rutherford, um mecânico escocês, emigrou para a Nova Zelândia com toda a família em 1842. Sua mãe, nascida Martha Thompson, uma professora de inglês, com sua mãe viúva, também se mudou em 1855.    
      
          Ernest recebeu a sua educação em escolas públicas. Aos 16 anos entrou em Nelson Collegiate School. Graduou-se em 1893 em Matemática e Ciências Físicas na Universidade da Nova Zelândia. Após ter concluído os estudos, ingressou no Trinity College, Cambridge, como um estudante na investigação do Laboratório Cavendish sob a coordenação de J. J. Thomson. Foi na Inglaterra que Ernest estudou as radiações de Urânio e descobriu que eles apresentam duas naturezas, chamando-as de radiações alfa e beta. Uma oportunidade surgiu quando o lugar de professor de Física na Universidade de McGill, em Montreal ficou vago. Em 1898 ele partiu para o Canadá, para assumir o posto. No mesmo ano, foi nomeado professor de Física da Universidade de McGill, em Montreal, e em 1907 na Universidade de Vitória, Manchester.Nessa época, Ernest formulou a hipótese de que a radiatividade não se tratava de um fenômeno comum a todos os átomos, mas somente de uma certa categoria. Esses estudos resultaram o livro Radiatividade, verdadeiro marco na história do progresso científico.



          Apesar de ser um físico, recebeu o Nobel de Química de 1908, por suas investigações sobre a desintegração dos elementose a química das substâncias radioativas. De volta a Cambridge em 1919, Rutherford percebeu que a carga positiva de um átomo está concentrada no centro, num minúsculo e denso núcleo, introduzindo o conceito de núcleo atômico. Desenvolve, então, a moderna concepção do átomo como um núcleo em torno do qual elétrons giram em órbitas circulares. A liderança e o trabalho de Rutherford inspiraram duas gerações de cientistas. Baseado na concepção de Rutherford, o físico dinamarquês Niels Bohr idealizaria mais tarde um novo modelo atômico.
          
        Em 1910, Ernest Rutherford decidiu usar partículas alfa para analisar a estrutura dos átomos. Partículas pesadas e positivas – conhecidas como partículas alfa – foram aceleradas contra uma finíssima lâmina de ouro, com largura milhares de vezes menor que 1 milímetro. Rutherford acreditava que a alta velocidade dessas partículas permitiria que elas atravessassem a lâmina de ouro. Mas, o resultado foi o esperado. Depois de alguns meses e mais de 1 milhão de faíscas observadas, os cientistas mal acreditavam no que viam. É fato que a grande maioria das partículas alfa havia atravessado a lâmina sem desvios, como era esperado que ocorresse com todas. Mas, por que cerca de uma em cada 20 000 partículas tinha sido ricocheteada. Rutherford lançou, então, o modelo atômico nuclear. Por esse modelo, o átomo teria um centro denso e positivo e os elétrons orbitariam ao seu redor.



          Recebeu a Order of Merit em 1925 e em 1931 foi condecorado Baron Rutherford de Nelson, Cambridge, um título que foi extinto depois da sua inesperada morte, enquanto aguardava uma cirurgia de hérnia umbilical. Após tornar-se um Lord, ele só poderia ser operado por um médico também nobre (uma exigência do protocolo britânico) e essa demora custou-lhe a vida. Morreu em 19 de outubro de 1937 em Cambridge, e suas cinzas foram enterradas na Abadia de Westminster, perto das tumbas de Isaac Newton e outros grandes cientistas.




REFERÊNCIAS:

http://www.brasilescola.com/quimica/ernest-rutherford.htm. Acesso em 18/03/13.
http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/chemistry/laureates/1908/rutherford-bio.html. Acesso em 18/03/13.
CHANG, Raymond - Química Geral - Conceitos Essenciais, 4 ed. ; São Paulo : McGraw-Hill, 2006

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